segunda-feira, 9 de julho de 2007

Big Girls Don't Cry...

Se calhar exige-se de mais das pessoas..e não se dá conta...se calhar exijo mais do que me é permitido, mas não o faço por querer alguma coisa na realidade, a verdade é que não o vejo como exigência...apenas importância...apenas não querer que tudo me escape das mãos...e sei que aos poucos se torna exigência. Mas não é exigência como encostar alguém a parede e não deixar essa pessoa sair do meu mundinho pequenino significante apenas para mim...é sim saber que quando se faz parte desse mundo é demasiado doloroso "ver" alguém sair dele...As vezes esqueço-me de que já não sou uma menina...e que este mundo de fantasia apenas existe na minha cabeça...e claro...os contos de fadas neste Mundo não acabam sempre bem...e há alturas em que as exigências deixam de ser transmitidas para os outros e passam a ser transmitidas para nós mesmos, e queremos crescer a passos largos e esquecemos os passinhos que nos eram permitidos dar em pequeninos...e queremos tudo de uma vez....mas há alturas que apenas o parar, respirar, e começar tudo do zero nos traz alguma luz no meio dessa floresta. O facto é que nem sempre essa luz está lá...e precisamos de mais alguma coisa do que apenas estar parados a espera que as coisas aconteçam, precisamos de procurar as respostas para voltar a dar os nossos próprios passos, e aprender que nem tudo se consegue com pressa, nada se consegue sem trabalho. Por vezes há quem "nos dê a mão" para que o caminho não seja tão duro...para que a queda não seja tão grande, mas na verdade, precisamos de cair e precisamos de nos levantar sozinhos, de fazer esse caminho com todas as armadilhas pelo meio, os "animais selvagens", as raízes das árvores, porque nem sempre aquele pirilampo luminoso vai la estar. Nesse caminhos vemos que as exigências passam primeiro por nós mesmos até serem transmitidas aos outros...e que se exigimos alguma coisa de alguém, é simplesmente porque a nossa exigência própria já é tão grande que já não há espaço para o seu tamanho colossal. Porque não passa apenas por ser um caminho duro e uma exigência extrema, mas sim também um receio constante do que se vai encontrar quando se chega ao fim dessa etapa, e de que o caminho que se escolheu na encruzilhada foi o correcto, e mentalizar que depois de escolhido, já não se volta a trás, e demonstrar que finalmente há claridade...serenidade...e que somos outra vez nós mesmos...

1 comentário:

Gonçalo Costa disse...

De facto as raparigas crescidas nao choram. Pedem para chorar. Pedem que alguem lhes mostre o Mundo das Fadas que quer brotar de dentro delas, de um espaço onde se sitam bem , quentes, protegidas. Mas será que só as meninas crescidas querem isso? Ou será esse mundo a Grande Caixa de Pandora, qe todos tanto medo temos de abrir? Medo que o seu amor nos ilumine? continua a espreitar para dentro de essa caixa, porque o fazes muito bem!

Vêmo-nos por aí..